O mercado de turismo é um setor importantíssimo e superaquecido. Em 2024, contribuiu com US$ 10,9 trilhões no Produto Interno Bruto (PIB) global, representando 10% da economia mundial, com a geração de 357 milhões de empregos no mundo, segundo dados do World Travel & Tourism Council (WTTC). Mesmo nesse cenário, o setor encontrou um desafio chamado turismo excessivo, ou “overtourism”, em inglês.
Mas o que significa esse termo? Refere-se aos destinos que recebem mais pessoas do que a própria infraestrutura suporta. Isso causa insatisfação nos moradores devido ao aumento do barulho, lixo, tráfego e preços em regiões turísticas e, por consequência, da inflação imobiliária.
Perturbações do gênero se intensificaram há pouco mais de duas décadas. A criação de plataformas de aluguel por temporada e as redes sociais, que aumentam o desejo dos viajantes de conhecer destinos virais, foram essenciais para a intensificação do turismo, segundo especialistas ouvidos pela CNN Viagem & Gastronomia.
O papel dos influenciadores também se tornou crucial para o avanço do turismo excessivo em diversas áreas do mundo — inclusive, do Brasil. “Esses influencers acabam levando muita gente para alguns lugares que não têm infraestrutura para receber”, pontua a pesquisadora Tatiana Marodin, doutora no tema pela Universidade de Caxias do Sul.